11 março 2008

ASSEMBLÉIA POPULAR - SP

 

ASSEMBLÉIA POPULAR – SP



Assembléias Populares e os desafios do trabalho de base


Encontro Estadual dias 9 e 10 de fevereiro de 2008



O sentido geral do encontro foi o de motivar trabalho de base a partir da AP, refletindo o fortalecimento do poder popular, com base na leitura de que nosso momento anterior pautou mais profundamente as articulações, sendo, este período o momento fundamental de construir compreensões comuns/ consensos acerca dos princípios que orientam as práticas de trabalho de base e seu acúmulo na construção do Poder Popular e do Projeto Popular. Esta temática acompanha o debate nacional


Objetivo Geral

Motivar a reflexão sobre trabalho de base, a partir da AP


Objetivos Específicos

- Aprofundar o debate sobre a construção do poder popular

- Indicar delegados para Assembléia Popular nacional

- Consolidar um grupo de reflexão contínua sobre o trabalho de base



Proposta metodológica

1) Reflexão sobre os princípios que animam os trabalhos de base dos coletivos presentes no encontro construir compreensão comum dos princípios aprofundar os princípios comuns 2) aprofundar compreensão sobre poder popular como síntese dos princípios aprofundados 3) refletir em que medida a Assembléia Popular contribui para fortalecer o poder popular 4) sentido de termos um gpo permanente de reflexão sobre trab de base ( formar este grupo)



Dia 9/02

MANHÃ


Reflexão em grupos: Quais os princípios que orientam os nossos trabalhos de base?


GRUPO 1

  • Conseguir perceber e respeitar as experiências das pessoas

  • Vivenciar a educação popular

  • Solidariedade entre os movimentos

  • Ter clareza dos nossos princípios éticos

  • Não levar propostas prontas, mas, construí-las coletivamente

  • Envolver a classe enquanto participante do processo

  • Contribuir para resgatar o valor e a auto-estima das pessoas

  • É preciso termos clareza na opção de classe ( gênero, raça, socialismo, etc...)

  • Desmontar os preconceitos

  • Valorizar a expressão corporal e aquilo que vamos acumulando no dia a dia



GRUPO 2

  • Articulação, buscando construir unidade

  • Partir da realidade

  • Articular a esfera da cultura e da política

  • Escutar o povo, buscar sentido para a AP

  • Construir juntos

  • Valorização dos aspectos subjetivos ( humanização)

  • Respeito pelo conhecimento do outro

  • Vivenciar o trabalho de base

  • Acolher o outro

  • Ousadia


GRUPO 3

  • Não abrir mão da autonomia dos grupos com os quais trabalhamos

  • Fortalecer a identidade do coletivo

  • Respeitar a caminhada e a necessidade do grupo e, também, do indivíduo

  • Não abrir mão das visitas às casas, de conversar diretamente com as famílias e do diálogo

  • Partir sempre da realidade/necessidade do povo/coletivo

  • Incentivar a solidariedade

  • Adotar a pedagogia do exemplo e do testemunho

  • Não abrir mão de transformar a realidade a partir dos trabalhos de base

  • Não abrir mão de esclarecer o momento político , ou seja, sempre fazer uma análise de conjuntura ;

  • Ter paciência histórica e, também, uma compreensão histórica do processo

  • Não cair em basismos

  • Ter o estudo como um princípio ( a gente leva a cartilha para o povo, mas, nem nós mesmos, conseguimos estudá-la




Diálogo em Plenária


Síntese dos PRINCÍPIOS (o que é comum entre os grupos):


  • Partir sempre da realidade/necessidade do povo/coletivo, sem impor propostas prontas, conhecendo lutas locais e respeitando a caminhada, buscando estabelecer o diálogo entre o micro-macro-micro;


  • Buscar a máxima coerência entre o dizer e o fazer


  • Partir da visão de mundo do outro, na busca do diálogo


  • Respeito ao outro e à construção de sua autonomia e identidade (individual e coletiva)


  • Solidariedade entre movimentos coletivos na construção de unidades de lutas, orientados pela clareza de princípios éticos


  • Conceber a cultura enquanto relação social e enquanto manifestação política


  • Ousadia enquanto superação das relações opressoras de poder / superação das velhas formas de atuação política


  • Não abrir mão de transformar a realidade a partir dos trabalhos de base, como exigência da construção da identidade de classe


  • Formação contínua, buscando a práxis (ação – reflexão – ação)


  • Valorizar o outro enquanto sujeito histórico, sem cair em basismos, buscando a radicalização da democracia


  • Radicalização da democracia , enquanto exercício do poder popular




TARDE

Reflexão nos mesmos grupos:


1- A AP , tal qual ela é hoje, nos permite a vivência destes princípios? Sim ? Não ? Se não , o que precisamos mudar na nossa prática?


2- Qual a relação destes princípios com a construção do poder popular?



GRUPO 1

1 – Sim, porém , precisamos de mais tempo para desenvolver esses princípios


2 - Compromisso Popular

- O mínimo que fazemos, já incomoda o sistema capitalista

  • Maior abertura para o diálogo com a população

  • Não conseguimos unidade local e seguimos fazendo o que sempre fizemos



GRUPO 2

  1. Não!

- A AP não obteve um enraizamento

  • Não partiu da realidade local

  • Não houve mecanismos de aproximação com a base

  • Não priorizamos o trabalho de base e isso nos comprometeu

  • Falta de continuidade nas atividades

  • O Comprometiomento das organizações também foi frágil

  • Temos que efetivar o trabalho de base, se quizermos que a AP sobreviva

  • É preciso clarear a metodologia da AP


  1. A construção do poder pular é a síntese disso tudo



GRUPO 3

  1. Estes princípios ainda não são vivenciados na AP. Para tanto, é preciso:

  • priorizar os trabalhos de base

  • organizar APs temáticas, sempre priorizando ações concretas, diretas

  • Construir uma identidade para a AP

  • Devemos ir de porta em porta, convidando a população para a AP do bairro

  • A AP deve ser um espaço de exercício de poder popular e da participação direta

  • A AP não pode ser um "peso" para as entidades, uma tarefa a mais. Ela precisa, também, encontrar formas de fortalecer os trabalhos das entidades

  • Discussão dos problemas locais

  • Provocar ações diretas sobre os problemas levantados

  • Meios de comunicação alternativos, como instrumentos de construção do poder popular



DELIBERAÇÕES


MOBILIZAÇÃO :

  • Priorizar vivências de trabalho de base

  • Mobilizar por bairros (territórios e/ou campos de atuação)

  • Partir da realidade local

  • Promover, necessariamente, ações locais

  • Buscar diálogo com os eixos temáticos

  • Realizar processos contínuos, permanentes e perseverantes

  • Construir unidade local

  • Considerar, sempre, o sentido cumulativo dos processos de mobilização e buscar fazer desta, alho permanente e não pontual

  • Priorizar a organização daqueles que não estão organizados


FORMAÇÃO:

  • Mobilização

  • Ação

  • Estudo ( no sentido de promover uma reflexão da ação: práxis)

  • Troca de experiências ( intercambio, partilha , vínculo)

  • Mística

  • Avaliação e auto-crítica


ORGANICIDADE

  • Manter a secretaria operativa, com reuniões quinzenais

  • Manter os espaços de coordenação nacional e estadual, abertos e ampliados

  • Manter a organização a partir das macros

  • A AP está se constituindo enquanto um instrumento político de massas. Assim sendo, contém, em si, uma cultura política que queremos disseminar, ampliar.


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