28 junho 2008
Vídeo da Vígilia e da Greve de Fome realizada em Málaga

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19 junho 2008
Escudo Espacial ameaça a democracia e a liberdade
Eles necessitam 3 suportes terrestres que facilitem a transmissao de sinais e logo poder instalar no espaço esta pequena plataforma, uma especie de satélite carregado de mísseis que é o que eles chamam de Escudo.
Imaginemos por um só momento que isto, que dizem os especialistas é tecnologicamente possível hoje, chegue a realizar-se. Teríamos um satélite cheio de misseis nucleares que pode disparar contra qualquer país do planeta. Teríamos todo o planeta chantageado pelos Estados Unidos. Isso é o fim de qualquer possibilidade de Democracia no mundo.
Antes de que isso suceda, a atmosfera de guerra fria na Europa já começa a voltar, mas esse assunto nao é uma ameaça só para a Europa, é uma ameaça para todo o mundo.
Por isso, os escrevo, porque creio que é realmente importante tomar partido na luta contra a instalaçao dessa base militar na República Checa. Há varias páginas na Internet que dao informaçao sobre a Campanha. A coisa vai de recolher pelo menos 500 mil assinaturas para que o Parlamento Europeo, que está calado, e o Parlamento Checo, façam um Plebiscito consultando ao povo sobre esse tema que está sendo levado por debaixo dos panos. Sabemos que 70% do povo checo é contra essa instalaçao mais nao sao ouvidos.
Alguns amigos checos humanistas estao fazendo uma greve de fome já a varias semanas para chamar a atençao da opiniao publica sobre o assunto e todos os humanistas nos estamos mobilizando para alcançar essas assinaturas antes do dia 9 de julho que é quando a Condolessa Rice viaja para vê se firma esse maldito convênio.
O futuro da liberdade humana está ameaçado por esse Escudo. Mobilizemo-nos todos! Essas assinaturas sao assinaturas eletrônicas (e-mails) que se tem que passar para a página web da campanha. Nós fizemos folhas de papel para recorrer os emails mas logo temos que passá-los para a página web.
Há também outras formas de participar da campaña buscando dar visibilidade a essa ameaça. Os italianos por exemplo estao buscando o apoio de personalidades do mundo artístico, político de esquerda e científico. Tudo isso se pode ver nesta web.
Eu pensei que no Brasil se poderia pedir o apoio do Paulo Coelho que é o mais conhecido dos escritores brasileiros, assim que se alguém tem um modo de conseguí-lo por favor me passem.
Por outro lado, eu e outros amigos da Espanha estivemos fazendo dias de Jejum, 24 horas sem comer, em plena praça pública de Málaga para chamar a atençao sobre o tema e vamos conseguindo a implicaçao de estudantes universitarios daqui e gente voluntaria de todos os lugares.
Bem, amigos, creio que nao é difícil entender que o tema do Desarme é o mais sério dessa época. A luta nao-violenta de hoje consegue a sua máxima expressao através desse tema.
- Com a Invasao do Iraque e o massacre do seu povo chegamos a essa situaçao de crise do petróleo e ninguem relaciona uma coisa com a outra porque os meios de comunicaçao estao comprados,
- Trabalhar para amenizar as conseguencias da Mudança Climática e investir cada vez mais em armamentos é uma estúpida contradiçao e ninguém relaciona os dois temas,
- Que a ONU o qualquer outra organizaçao faça planos para resolver a Crise Alimentar do planeta e nao denuncie os gastos bilhonários em armas de guerra resulta uma farsa grotesca e ninguem fala disso.
Menos mau, que nós relacionamos, denunciamos e falamos! No dia 22 me colocarei outra vez nessa pequena greve de fome em outra praça de Málaga acompanhado de Hugo e outros tantos amigos. todos os dias fazemos algo grande ou pequeno nesse sentido.
Queria pedir ajuda a vocês também. A web que eu comentava é: www.nonviolence.
Bem, queridos amigos, espero vossas noticias e vossos comentarios.
Um forte abraço!!!
Roger W.

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29 maio 2008
Europa diz não ao "escudo espacial"
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O projecto está rodeado de mistério com acordos secretos entre os Estados Unidos e diferentes países europeus, deixando de lado a opinião pública e os próprios parlamentos. A Europa não conseguiu dar uma resposta unitária, coerente e não violenta à política agressiva dos Estados Unidos e a sua inércia contribuiu para empurrar a Rússia, que se sente directamente ameaçada pelo projecto norte-americano, para o caminho do rearmamento, recreando uma atmosfera de "guerra fria".
Num momento de crise económica mundial, onde até o custo dos alimentos cresce incrivelmente e se privatiza perigosamente a educação e a saúde, é uma loucura gastar milhões de euros com a guerra e a produção de novas armas. Num momento tão difícil da história mundial, a Europa não deve apoiar nenhuma política que empurre o planeta para a catástrofe: aqui está em jogo a vida de milhões de pessoas. Está em jogo o próprio futuro da humanidade. Não podemos permitir aos nossos políticos que apoiem a absurda intenção dos Estados Unidos de transformar a Europa num teatro de uma possível guerra nuclear.
Justamente nestes dias, a Europa está a assistir com silencioso consenso à ocupação militar que os Estados Unidos estão a fazer na República Checa. Expressamos a nossa solidariedade com o humanista Jan Tamas que, na República Checa, começa uma greve de fome para pedir que seja respeitada a vontade de 70% da população e que o tema da instalação de uma base militar dos Estados Unidos em território checo seja decidido democraticamente através de um referendo.
Pedimos, portanto, a cada Governo e ao Parlamento Europeu que tomem uma posição clara e decidida, negando-se a apoiar o projecto do escudo espacial porque põe em perigo a paz e a coexistência dos nossos povos.
Não queremos novas bases militares de potências estrangeiras no território europeu nem a ampliação das que já existem. Queremos a eliminação de todos os arsenais nucleares.

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Vídeos dos Atos contro o Escudo Espacial Europa
ansa.it - Ansalatina - REPÚBLICA TCHECA: APROVADO PROTOCOLO DE ...
O projeto norte-americano de escudo espacial compreende também a instalação de mísseis interceptadores na Polônia, para a defesa norte-americana contra Irã ... www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/ |
O escudo defensivo dos EUA na Polônia e na República Tcheca ...
DW-WORLD: Merkel discute escudo defensivo dos EUA em visita à Polônia ... Especial. Europa e América Latina Dois extremos unidos e separados pela história, ... |
GalizaCig / Actualidade - A Europa e Bush
Bush hostilizou a Rússia, quando o interesse da Europa é buscar fórmulas de ... Com um escudo espacial, os Estados Unidos poderão disparar e enfrentar ... www.galizacig.com/actualidade/ República Tcheca aprova protocolo de escudo espacial dos EUA ...
BBCBrasil.com | Reporter BBC | Otan aprova proposta de escudo ...
Folha Online - Mundo - Otan diz apoiar escudo antimísseis ...
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27 maio 2008
Carta dos Porta-vozes sobre a Campanha Mundial
O projeto de DMN dos Estados Unidos das Américas - seu sistema de defesa de mísseis nucleares - é um projecto muito complexo que envolve a produção de novas armas e E.U. a instalação de bases militares em diferentes partes do planeta. Em especial, na Europa, o primeiro passo é instalar um sistema de radar na República Checa, assim como uma base de interceptação de mísseis na Polônia.
É evidente que as reações dos governos da Rússia e da China recriam uma atmosfera de "guerra fria". As tensões internacionais estão aumentando e uma nova corrida armamentista (tanto convencionais e nucleares), foi reiniciada.
Ainda que o projeto da Administração Bush seja apresentado como uma defesa contra a ameaça dos mísseis do Irão ou da Coréia do Norte, nós o vemos como uma primeira arma de ataque para permitir aos E.U.A iniciar um ataque nuclear contra qualquer país do mundo. A instalação deste sistema é o primeiro passo para ganhar controle militar sobre o espaço. Tal como Noam Chomsky argumenta, "a instalação por parte dos Estados Unidos de um sistema de defesa antimísseis no Leste Europeu é praticamente uma declaração de guerra, um instrumento de dominação mundial."
Estamos solidários com os dois corajosos jovens humanistas Checos Jan Tamas e Jan Bednar, que desde 13 de maio de 2008 se encontram em greve da fome em Praga, para pedir que a vontade dos dois terços da população checo seja respeitada e que o assunto de instalar uma base militar dos E.U.A em território checo se submetta a um referendo, instrumento essencial de toda democracia real. Muitos outros estão se unindo a seu protesto em toda a Europa e em todo o mundo, através de jejuns, diversas ações de protesto e organizando ações comuns mais enérgicas
Num momento de crise mundial, em que milhões de seres humanos carecem da possibilidade de alimentar-se, é irresponsável gastar centenas de milhares de milhões de dólares com a guerra e com a produção de novas armas. É aberrador o aumento dos gastos militares nos últimos tempos, assim como o acordo da OTAN com os E.U.A no seu projeto belicista.
Em um momento tão difícil na história mundial, as pessoas comuns não apoiam nenhuma política que empurre o planeta para a catástrofe. Deve converter-se em tarefa de cada pessoa corajosa o fazer todo o possível para evitar uma possível guerra nuclear e, portanto, impedir ao Governo dos Estados Unidos das Américas o controle militar e nuclear sobre o espaço.
Além disso, parece-nos uma piada e uma grosseira manipulação por parte de grandes instituições financeiras, como o Banco Mundial, liberar várias centenas de milhões de dólares para estabilizar os preços dos alimentos, sabendo que esses montantes não constituem nem o 0,1 por cento dos gastos anuais mundiais para armamentos! É tempo para que todos os povos do mundo peçam com força para que esta vergonha se acabe e para que a produtividade e a criatividade da espécie humana sejam investidas em superar a dor eo sofrimento humano, em vez de produzir ganhos para uma minoria que agora pretende ter o total controle sobre o planeta.
Apelamos a cada um dos governos do planeta para que tomem uma posição clara e decidida, negando-se em apoiar o projeto do escudo espacial porque ameaça a paz e a convivência dos povos da nossa terra e porque ameaça até mesmo a própria sobrevivência da nossa espécie. Pedimos que cada governo do mundo expresse seu rechaço decidido à tentativa do governo dos E.U.A. de dominar todo o planeta e a humanidade inteira e que estes se ponham de acordo com um plano de desarmamento proporcional e simultânea entre os diferentes países do mundo.
Não queremos novas bases militares ou ampliação das já existentes, nem na Europa nem em outras partes do mundo. Queremos a eliminação de todos os arsenais nucleares, como um primeiro passo para o desarmamento total do nosso planeta.
É tempo de realizar o sonho milenário dos melhores dos nossos antepassados, é hora de ouvir as vozes dos bilhões de homens e mulheres da nossa terra: que as melhores aspirações dos seres humanos sejam realizadas e que, finalmente, a não-violência seja o comportamento dominante, e se faça a paz.
27 de maio de 2008
Giorgio Schultze, Itália
Europeu porta-voz do Novo Humanismo
Ivan Andrade, Moçambique
Porta-voz do Humanismo em África
Chris Wells, E.U.A.
Porta-voz do Novo Humanismo na América do Norte
Sudhir Gandotra, a Índia
Porta-voz do Novo Humanismo na Ásia-Pacífico
Tomas Hirsch
Porta-voz do Humanismo na América Latina

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20 maio 2008
Carta de Apoio de Noam Chomsky
http://www.nenasili
Gostaria de expressar meu forte apoio e grande admiração para os dois valentes humanista tchecos, Jan Tamas e Jan Bednar, que iniciaram uma greve de fome em protesto aos planos dos EUA de estender o sistema de "mísseis de defesa" na República Tcheca, mesmo sofrendo objeção da maioria da população. Ponho as palavras "mísseis de defesa" entre aspas, porque se sabe através dos analistas de estratégia de todos os bandos, que mesmo com todos os cuidados são armas ofensivas. Nas palavras da principal agencia de investigação afiliada ao Pentágono, a corporação Rand, este não é simplesmente um escudo, senão um facilitador de ação para os EUA. Respaldando o que é de público conhecimento o proeminente analista de estratégias Lawrence Kaplan escreve que "a defesa de mísseis tem a ver com a habilidade dos EUA exercer seu poder no estrangeiro. Não se trata de defesa. Se trata de ofensiva e é exatamente por isso que o precisamos".
N. Chomsky

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19 maio 2008
Pedido de Apoio a Greve de Fome dos Humanistas da Rep. Checa
Informe para poneros al día sobre la campana contra la "guerra de las galaxias".
Tami y Honza están en el settimo día de huelga, por ahora etán bien aunque empiezan a tener algunas molestias, pero están convencidos de continuar mientras su protesta no sea escuchada.
Los medios de comunicación han reaccionado en primer lugar con una campana contra nosotros. Luego degradando la cosa. Ayer con un buen servicio en la TV nacional. La sensación es que no saben qué hacer ahora .
http://www.nenasili.cz/es/1105_noam-chomsky-apoya-la-huelga-de-hambre-de-jan-tamas-y-jan-bednar
http://www.nenasili.cz/es/1087_campaña-en-europa
Muchos nos preguntan de qué manera pueden apoyar. Piensamos que una campana tan grande, que se mueve para evitar el desastre nuclear, necesita del esfuerzo y la creatividad de todos, necesita que se desarrolle en el País de cada uno y no sólo como apoyo a la República checa.
En todos los casos sería un apoyo interesante si:
- todos Organismos y frentes mandan las cartas de protesta que han circulado
- los humanistas mandan un telegrama a su propio Gobierno pidiéndole su intervención y que se posicione sobre este tema.
- aumentan notablemente el número de las firmas online. www.nonviolence.cz
Muy útil es también recibir informaciones breves con foto de eventuales actividades que se están realizando, mensajes de apoyo también por parte de otras organizaciones y personajes.

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14 maio 2008
Humanistas realizam Greve de Fome
começaram um Greve de Fome em Praga contra o Radar dos EUA na
República Checa.
A Notícia foi difundida numa coletiva de imprensa na qual participaram
jornalistas locais e internacionais.
Agregamos fotos do novo local que os humanistas checos arrumaram para
realizar este protesto.
Neste site está sendo realizado um abaixo assinado virtual para barrar
a construçao do Escudo Espacial Europa : www.nonviolence.cz

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25 abril 2008
Vídeos sobre a transposição do Rio São Fransciso
http://www.youtube.
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10 março 2008
Conferência reafirma luta contra a transposição do rio São Francisco
aprovam Dia Nacional de Luta em Defesa do São Francisco
Zé Andrade, de Pirapora (MG)
• A Conferência dos Povos do Semi-Árido e do São Francisco, realizada em
Sobradinho (BA), entre 25 e 27 de fevereiro, foi a resposta dos movimentos
sociais contrários à transposição aos ataques desferidos por Lula, que em
2007 atacou o jejum de Dom Luiz Cappio e fez uma ofensiva para acelerar a
execução das obras.
A conferência reuniu 213 participantes: de 93 movimentos populares e
organizações sociais. Os números que superaram todas as expectativas dos
organizadores, demonstrando que há muita disposição de luta nas bases dos
movimentos populares para derrotar a transposição e pautar um projeto
verdadeiro de revitalização, sob controle dos trabalhadores ribeirinhos.
Dois sentimentos destacaram-se nos debates da conferência: a decepção e a
indignação dos lutadores com o governo Lula. Porém a expressão desses
sentimentos, de modo algum, se concretizou no conformismo e na covardia.
Pelo contrário, foi majoritária a opinião de que é necessário lutar contra o
governo para derrotar o projeto da transposição.
*Conjuntura*
A relação dos movimentos sociais com o governo federal e a cooptação de
lideranças foram temas muito presentes durante toda a conferência e foram
apontados por muitas pessoas como uma das principais causas das dificuldades
enfrentadas pelo movimento para derrotar o projeto da transposição.
A visão do governo Lula como um gerente do capitalismo brasileiro a favor
dos interesses de banqueiros, empresários e latifundiários esteve muito
presente nas intervenções, demonstrando que a experiência com o governo
durante a greve de fome de dom Luiz Cappio, no ano passado, evidenciou o
caráter traidor desse governo.
A dúvida sobre o posicionamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra
(MST) diante da mais nova tática do governo federal para enfraquecer o
movimento, apresentada pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB) na audiência
pública realizada no Senado, foi destaque também das discussões em plenário.
Depois de ter finalmente reconhecido que o projeto possui um caráter
econômico, e não para beneficiar a criação de animais e levar água às
pessoas, Ciro Gomes anunciou uma "reforma agrária" mentirosa ao longo dos
700 quilômetros de canais.
O Ibama, no estudo de impacto ambiental da obra, desmente a viabilidade
dessa proposta, por afirmar que os solos por onde os canais passarão são de
formação rochosa e portanto, inapropriados para a produção agrícola. Além
disso, o deputado afirmou também que os assentamentos não teriam acesso às
águas dos canais, mostrando que a mentira tem "perna curta".
O governo federal prepara uma poderosa campanha publicitária a favor da
transposição para disputar a consciência dos movimentos populares e do povo
pobre dos estados por onde supostamente passarão os canais do projeto. Além
disso, Lula pessoalmente prepara uma caravana nos estados receptores da
bacia do São Francisco.
*Dia nacional de luta*
Diante desse quadro, a importância da conferência de Sobradinho está em
apontar o caminho da luta e do enfrentamento ao governo Lula e a seus
colaboradores para derrotar a transposição do São Francisco.
Para desmentir as propostas do governo federal, foi aprovado um calendário
de lutas para 2008 que inicia já no próximo mês, com um Dia Nacional de Luta
em Defesa do São Francisco contra a Transposição. No dia 1º de abril,
conhecido popularmente como o "dia da mentira", o movimento realizará o "Dia
da Mentira do Governo e da Verdade do Movimento", com uma série de ações em
várias localidades do Brasil para protestar contra a Transposição.
Além disso, foi destacada a necessidade de aumentar a unidade em torno dessa
luta, buscando ampliar o raio de ação das atividades do movimento. Entre
essas, aprofundar o trabalho de base entre os trabalhadores da cidade e do
campo, com a realização de uma intensa contra propaganda e uma forte
campanha de esclarecimento sobre o projeto.
Entre as inúmeras propostas de ações, merece destaque a indicação de
atividades nacionais em Brasília como forma de pressionar o governo a recuar
em sua decisão de levar adiante esse projeto.
*Ampliar a unidade contra a transposição*
A Conferência dos Povos do Semi-Árido e do São Francisco mostrou que é
possível vencer essa batalha. Os lutadores presentes na conferência de
Sobradinho saíram com as energias militantes renovadas para enfrentar os
poderosos inimigos do Velho Chico.
Mas, para isso acontecer, é necessário retornar para suas cidades com o
compromisso de desenvolver um trabalho de base que dispute a consciência dos
trabalhadores e ribeirinhos. Ainda mais quando o governo prepara sua
propaganda enganosa.

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01 fevereiro 2008
Vitória: Governo Chileno cumpre reivindicações de Patricia Troncoso
Patricia Troncoso, conhecida por "la Chepa", é ativista pelos direitos dos Mapuches no Chile e uma das/os presas/os políticas/os que, após ataques do 11 de Setembro, foram classificados como "terroristas" na lei de segurança nacional.
Os mapuches vem lutando pela retomada de terras, contra a lei anti terrorista e pela desmilitarização das comunidades VIII e IX. Em 2003 o jovem Alex Lemun, de 17 anos, foi assassinado em Temuko e no dia 03/01, neste ano de 2008, Matías Catrileo, de 20 anos, também foi assassinado por policiais.
Atualização: - Fim da Greve de Fome - Patricia Troncoso encerrou sua greve de fome após receber documentos oficiais do Governo chileno se comprometendo a cumprir suas reivindicações.
As reivindicações de Patricia Troncoso foram:
- Traslado de Jaime Marileo ao Centro de Educação e Trabalho (CET) em Angol.
- Traslado de Juan Millalen ao Centro de Educação e Trabalho (CET) em Angol.
- Saída dominical para Juan Millalen.
- Saída nos finais de semana para Patrícia Troncoso.
- Saída nos finais de semana para Jaime Marileo.

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22 janeiro 2008
Denunciamos a Prisão de Patricia Trancoso e exigimos sua libertação
Susana Córdova Rodríguez
Corporación Futuro Humano "CORFHU"
www.corfhu.cl
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21 janeiro 2008
O povo mapuche de pé
por jpereira — Última modificação 04/12/2007 17:07
Contribuidores: Raúl Zibechi
Uma longa greve de fome de cinco presos políticos mapuche parece mostrar o
aprofundamento de uma longa luta de um povo por seu território
Reportagem do Brasil de Fato
04/12/2007
Raúl Zibechi
"Denunciamos que o Chile é o único país da América Latina onde se persegue e
prende membros de um povo originário ancestral que luta por seus direitos",
assinala a Carta Aberta enviada em 11 de novembro por cinco presos em greve
de fome desde 10 de outubro na prisão de Angol. Patricia Trancoso, Jaime
Marileo, Julian Lillalen, José Huenchunao e Héctor Llaitul assumiram a
representação dos 18 presos mapuches em diversas prisões chilenas e lançaram
uma greve de fome "líqüida e indefinida" com dois objetivos básicos: a
liberdade de todos os presos definidos como "políticos" – e não como
terroristas, como aponta o governo de Michelle Bachelet – e "a
desmilitarização e o fim da repressão às comunidades mobilizadas por seus
direitos políticos e territoriais".
Os presos se consideram "reféns do Estado chileno". Nas cidades de
Temuco,Valdívia e Santiago foram realizadas manifestações e ações em
solidariedade aos presos, e desenvolveram-se várias jornadas de
solidariedade por parte de países europeus.
Dia 12 de novembro, uma delegação de parlamentares venezuelanos visitou a
prisão de Angol e manifestou sua preocupação pelo estado de saúde dos presos
que perderam de 15 a 20 quilos. A Coordenação Andina de Organizações
Indígenas (CAOI) enviou uma carta à presidente Bachelet, por meio de seu
coordenador Miguel Palacín, em que exige a abertura de um diálogo com os
representantes do povo mapuche.
Até agora, o governo chileno mostrou total indiferença, mas dia 19 de
novembro a Justiça entrou com uma ação para intervir na greve de fome e
internar um dos presos em algum centro assistencial, caso se registrasse uma
piora em seu estado de saúde. Dia 21 de novembro, familiares e amigos dos
presos políticos mapuche iniciaram outra greve de fome na catedral de
Cañete. Em um comunicado, recordam que nos governos da Concertación
Democrática (desde 1990) foram processados 400 mapuche pela Lei de Segurança
Interior ou a Lei Antiterrorista, já que o Estado chileno considera a
resistência mapuche por suas terras como terrorismo.
Uma nova etapa
Segundo o historiador Víctor Toledo Llancaqueo, o atual movimento mapuche
que emerge nos anos 1980, na etapa final da ditadura de Augusto Pinochet,
"protagonizou pelo menos três grandes ciclos de mobilizações por seus
direitos". O primeiro se registrou sob a ditadura com o objetivo de defender
as terras comunitárias. Logo, no começo da transição democrática, em 1989,
realizou-se o acordo Nova Imperial em que a Concertación comprometeu-se a
impulsionar uma nova lei indígena em troca de que os mapuche interrompessem
as mobilizações. Muitos temiam, avalia Toledo, que se repetisse um processo
de conquistas de terras semelhante ao dos anos 1970-1973, durante o governo
de Salvador Allende.
Em resposta à cooptação que esse acordo potencialmente trazia, nasce, em
1990, o Conselho de Todas as Terras que exige autonomia e participação
política e realiza conquistas simbólicas de terras. Em 1992, o governo detém
70 indígenas e os acusa de "delinqüentes", e a Justiça processa 144 mapuche
por "usurpação" e "associação ilícita". O processo esteve repleto de vícios
e foi considerado uma aberração jurídica.
Até 1997, abre-se um novo ciclo por meio do surgimento de diversos conflitos
que afetam as grandes empresas florestais e de energia. O Estado, aliado
incondicional das empresas, vê destruída sua política indígena já que as
duas organizações estatais de assistência (a Corporação Nacional de
Desenvolvimento Indígena e o Fundo de Terras e Águas Indígenas) colapsam ao
não conseguirem responder às demandas das comunidades. Sem política e sem
querer conceder direitos, o governo endurece a repressão.
O caso Ralco (1997), um megaprojeto energético em terras mapuche em Alto Bio
Bio, é um divisor de águas já que o governo violou a legislação ao colocá-lo
em funcionamento. "A muralha de Ralco levantou uma fronteira política entre
os mapuche e o Estado", assegura Toledo. Nesse mesmo ano, no caso Lumaco, 2
milhões de hectares de plantações florestais artificiais e uma fábrica de
celulose converteram-se em "um enclave que transformou a geografia e o poder
no sul do país, alterando o meio ambiente e empobrecendo as regiões".
Forçado à mobilização, frente a inexistência de vias legais para o povo
mapuche, o movimento se fortalece e demonstra iniciativas culturais,
artísticas e de meios de comunicação próprios. Surgem novas organizações
territoriais como a Coordenação Arauco Malleco e a Associação Nankucheo de
Lumaco. Fruto da mobilização, terras são recuperadas, a tal ponto que os
fundos estatais de compras de terras para as comunidades passam de 5 milhões
de dólares, em 1995, para mais de 30 milhões em 2001, sob o governo de
Ricardo Lagos.
Novamente, a resposta a essa nova onda de mobilizações foi a criminalização
dos protestos. Abriram-se processos ante a Justiça Militar durante os anos
2000 e 2001, até que ao final desse mesmo ano se inicia a aplicação da lei
18.314 ou Lei Antiterrorista, dentro do marco do clima gerado pelos
atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York. Combina-se repressão com
trabalhos de inteligência e cooptação da intelectualidade indígena. Entre
novembro de 2001 e outubro de 2003, são processados 209 mapuche somente na
região de Araucanía, enquanto centenas foram detidos em manifestações,
golpeados e maltratados.
Rumo ao aprofundamento das lutas
Com o governo de Michelle Bachelet (2006), as coisas não mudaram. A
repressão se manteve intacta ainda que já não se aplique mais a Lei
Antiterrorista.
Iván Llanquileo, da comunidade Juana Millahual, que esteve dois meses preso
e foi posto em liberdade dia 9 de novembro, avalia que a partir das lutas de
1997 "passa-se a uma outra etapa da luta mapuche que consiste em entrar
fundo, trabalhar, defender e exercer controle territorial". Por meio da ação
direta, sua comunidade conseguiu recuperar centenas de hectareas daqueles 10
mil usurpados pelos colonos e passadas às empresas florestais.
Nessa nova etapa, já não se ocupam as terras de forma simbólica como no
início dos anos 1990, mas sim de forma permanente e para produzir sua vida
cotidiana. E já não se pede terras, mas territórios. Isso os leva a um
enfrentamento frontal e inevitável com as transnacionais da mineração, da
energia e do papel. Eles mesmos asseguram que não têm outra opção. Os
mapuche se definem como "um povo que resiste em desaparecer". A Coordenação
Arauco Malleco, que se define como "anticapitalista, antimperialista e
libertária", difundiu um comunicado em que assegura que "nos encontramos em
uma conjuntura histórica de extinção ou continuidade cultural, social e
territorial, ou seja, entre a vida ou a morte de nosso mundo mapuche".
Raúl Zibechi é membro do Conselho de Redação do semanário Brecha de
Montevidéu, docente e pesquisador dos movimentos sociais na Multiversidad
Franciscana de América Latina, e assessor de vários grupos sociais.
--------------------------------------------------------------------------------
[1] Víctor Toledo Llancaqueo, "Prima ratio. Movilización mapuche y política
penal", en revista OSAL No. 22, Buenos Aires, setembre de 2007,
[2] "Entrevista a Iván Llanquileo", 19 de novembre de 2007, en www.eutsi.org
[3] "Los mapuche en pie", revista Ojarasca, México, novembre de 2007.

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