17 janeiro 2008

Morte de ambientalista aumenta a polêmica do lixo em São Paulo

Morte de ambientalista aumenta a polêmica do lixo em São Paulo

Em solidariedade ao ativista assassinado com 37 tiros, entidades e
comunidade se reúnem em Mogi das Cruzes para pedir justiça

Amanhã (16), a partir das 14h, véspera da audiência pública que vai
debater uma possível ampliação do aterro São João, na zona leste de
SP, dirigentes de movimentos sociais e sindicais que integram o
Instituto para Defesa da Vida e a campanha "Mais vida, menos lixo"
visitarão a sede da ONG Guerrilheiros do Itapety, em Mogi das Cruzes.
Os dirigentes e representantes da comunidade pretendem se unir em
solidariedade à morte de Mário Padia de Oliveira, 42, ativista da
luta contra lixões em Mogi e São Paulo, assassinado com 37 tiros no
último dia 9.

Representantes de entidades de renome internacional também estarão
presentes para manifestar solidariedade e exigir a federalização das
investigações. É o caso de Rodolfo Maineri, secretário executivo da
iGWC (International Global Water Coalition), organização com sede na
Suíça que reúne instituições em defesa da água em 30 países. A
reivindicação já recebeu apoio do Alto Comissariado de Direitos
Humanos da ONU, em Genebra.

Padia era membro da ONG Guerrilheiros do Itapety e ficou conhecido
por suas apresentações artísticas, na qual encenava o personagem "Dr.
Morte". Criado por ele para satirizar empresários do lixo e
autoridades públicas, o ativista esteve presente em diversas
manifestações. Há dois anos era presença marcante em atos públicos
contra lixões em Mogi das Cruzes, onde a comunidade, após quatro
anos, conseguiu impedir a instalação de um aterro da construtora
Queiroz Galvão, na Serra do Itapety.

O ambientalista Leonardo Aguiar Morelli, secretário geral do
Instituto para Defesa da Vida, entidade que recebia apoio de Padia,
alerta para o fato de que o assassinato está sendo tratado como crime
comum, em razão dos antecedentes da vítima. "Mário estava em processo
de recuperação há três anos, tinha residência fixa na sede da ONG, no
centro da cidade de Mogi das Cruzes, trabalhava como jardineiro para
uma importante clínica de saúde e era bem quisto por todos, fatos que
contribuem para nossas suspeitas de motivação política e retaliação
para o crime", enfatiza.

Apesar de o caso já estar no Ministério Público, Morelli e as demais
entidades e associações requerem que o caso seja assumido pela
Polícia Federal, por considerar "de competência federal investigar
crimes políticos de repercussão nacional e reflexos internacionais,
que podem colocar em risco a imagem do país e os interesses da União
junto a organismos de direitos humanos das Nações Unidas".

Fonte: Leonardo Aguiar Morelli, secretário geral do Instituto para
Defesa da Vida

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