19 setembro 2007

REBELIÃO NÃO-VIOLENTA

Afirmamos que a raiz da violência está no estilo de vida egoísta e possessivo em que vive a maioria das pessoas. Comprovamos nossa afirmação pelo fato de sermos seres essencialmente sociais e, pela simples reflexão de que nossos melhores momentos de vida estão relacionados a "dar" e não "receber". Sendo assim, o egoísmo e o individualismo são um grande equívoco. Para nós, este estilo de vida majoritário na sociedade se estabelece apresentando-se como opção única, onde a mídia, os costumes e as frustrações de sentido de vida[1] têm um papel fundamental na disseminação destes valores e desta lógica inseridos no indivíduo, nas instituições e na sociedade.

A "Rebelião não-violenta" aspira à integração de indivíduos, organizações e movimentos sociais para o "pacto com a não-violência" como forma de desobediência moral, e o desenvolvimento de projetos nos âmbitos pessoal, institucional e social; a curto, médio e longos prazos. Sendo:

· Pessoal – estudo e desenvolvimento de práticas não-violentas por intermédio de oficinas de não-violência, vídeos e experiências guiadas[2].

· Institucional – Constituição de núcleos, elaboração de projetos pontuais e arraigados, visando à difusão da campanha (elaboração de jornais, rádios, TVs, boletins, cartazes, folhetos, etc), denúncias de problemas e situações locais e, a construção de novas formas de relações interpessoais.

· Social – Articulação entre os núcleos da campanha para o desenvolvimento de Fóruns locais e regionais e a elaboração de atos públicos e manifestações não-violentas.

Nosso propósito maior para 2010 é o desenvolvimento das representatividades locais, visando a Democracia Real e descentralizada, onde cada região decida seu próprio destino, e a elaboração de um grande projeto de desobediência civil[3] para demonstramos que a não-violência é força.



[1] FRANKI, Victor. Em busca de sentido. 1997 – O indivíduo quando não descobre seu sentido de vida, passa a buscar formas mais primitivas de afirmação: o dinheiro e o poder.

[2] Prática onde o indivíduo, através de um conto onde ele é o protagonista, analisa seus problemas do passado, sua localização no momento atual e faz projeções ao futuro, visando à superação de seus conflitos internos.

[3] Estas práticas foram implementadas por Gandhi na Índia dos anos 50, contribuindo fortemente para a independência deste país, frente ao colonialismo da Inglaterra.


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