16 março 2009

DISPENSADO DO SERVIÇO MILITAR POR SER HUMANISTA



DISPENSADO DO SERVIÇO MILITAR POR SER HUMANISTA


Caio Maniero D’Auria é um enxadrista. Calculista. Paciente. Insistente. Irritante, até. Graças a essas características, tornou-se, aos 22 anos, o primeiro brasileiro dispensado do serviço militar obrigatório por “razões políticas e filosóficas”. Na prática, significa que ele foi dispensado sem nem precisar jurar à bandeira. Para muitos, a formalidade é apenas um detalhe. Para ele, uma batalha de quase cinco anos de duração em defesa da “liberdade”.

Todos os anos 1,6 milhão de jovens alistam-se e cerca de 100 mil são incorporados ao Exército, à Marinha ou à Aeronáutica (em 2008 foram 80 mil), segundo o Ministério da Defesa. Desses, 95% declararam no alistamento desejo de servir. Os que não queriam, foram convocados por ter alguma habilidade necessária à unidade militar da região. “A Estratégia Nacional de Defesa pretende alterar esse quadro, de modo a que o serviço militar seja efetivamente obrigatório, e passe a refletir o perfil social e geográfico da sociedade brasileira”, anuncia o Ministério da Defesa, sem dar detalhes de como isso será feito.

Por ora, a única exigência feita para os dispensados é uma pastosa cerimônia de Juramento à Bandeira, tão esvaziada quanto a obrigação de executar o Hino Nacional antes das partidas de futebol em São Paulo. Ninguém reclama. Caio recusou-se.

Determinado a encontrar um meio válido de não jurar à bandeira, entranhou-se nas leis militares. Telefonou para o Comando Militar do Sudeste e soube que podia pedir para prestar um serviço alternativo e que, por não haver convênio firmado, isso resultava na dispensa automática. “Mas a secretária da Junta Militar me falou que só Testemunhas de Jeová podiam alegar objeção de consciência. Ela me mandou jurar à bandeira, mas eu estaria mentindo se jurasse dar a vida pela nação, pois jamais faria isso”, diz, com um sorriso tímido de quem mal deixou a adolescência.

De próprio punho, Caio redigiu uma “declaração de imperativo de consciência”, e declarou-se anarquista. A Junta Militar exigiu a declaração de uma associação anarquista confirmando o vínculo. Caio, então, contatou mais de vinte organizações em busca de, como diz, uma “carta de alforria”. Perdeu um ano nessa. “Os anarquistas brasileiros não tiveram a coragem de colocar em prática o que tanto pregam. A maioria está mais interessada em festinhas”, reclama. E pondera: “Acho que eles tiveram medo de ser fichados pelo Exército”.

Desiludido, encontrou na internet a organização Movimento Humanista. Enfim, sentiu que seria atendido. “Pregamos a não-violência e somos contra o serviço militar obrigatório”, diz Paulo Genovese, coordenador do grupo, que faz reuniões semanais e promove a Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência.

Diante de nova declaração de objeção de consciência, a Junta pediu dados dos integrantes e o CNPJ da organização. Três meses depois, foi preciso detalhar quais eram as incompatibilidades do movimento com o serviço militar.

Era janeiro de 2008. “Passei noites em claro redigindo. Fui pessoalmente entregar”, diz, satisfeito. Sustentou que os humanistas colocam “o ser humano como valor central”, enquanto os militares devem defender a pátria “mesmo com o sacrifício da própria vida”. E que o “repúdio à violência” é incompatível com o “amor à profissão das armas”.

Quatro anos e oito meses após se alistar, Caio pegou seu Certificado de Dispensa do Serviço Alternativo. Em 2008, apenas seis jovens foram eximidos por objeção de consciência. Nos últimos cinco anos, 232. Mas Caio foi pioneiro. “Nunca motivos políticos livraram alguém, o meu processo é o número 001/08. Abri um precedente e agora tenho onde lutar por minha liberdade e pela dos demais”, comemora ele, que é analista de dados de telemarketing. Há anos quer prestar concurso público. Agora pode.

Matéria publicada em:
http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=6&i=3593


Reportagem Escaneada:

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13 março 2009

O que é um Comitê Promotor da Marcha Mundial?

Os comitês da Marcha Mundial são grupos de pessoas organizadas que querem participar ativamente da Campanha pela Paz e Não-violência. São formados por pessoas, organizações, personalidades e comunidades, apontando a uma grande diversidade e respeitando crenças, formas, idade e gêneros.

Todos podem formar um comitê da Marcha Mundial. Para isso, basta se juntar aos mais próximos para conseguir um espaço físico que possa sediar as atividades localmente. Os espaços de funcionamento podem ser em escolas, universidades, locais de trabalho, conjuntos comerciais, bairros e em organizações políticas, sociais e culturais.

Cada comitê da Marcha Mundial funciona como uma referência de ativismo e como um espaço aberto a todos os interessados. Um lugar onde as pessoas que quiserem participar mais ativamente da Marcha Mundial poderão pegar materiais, participar de encontros, elaborar projetos, e articular outras propostas.

Um comitê da Marcha Mundial ativo se faz presente e existe porque as pessoas a sua volta tem referência no espaço, ou seja, ele não apenas sedia, mas também irradia a paz e da não-violência, e suas ações buscam um alcance cada vez maior, contando, inclusive, com os meios de comunicações locais.

Os comitês da Marcha Mundial tem liberdade para criar e desenvolver diversas atividades que interessem ao grupo e à região onde se localiza, mas também estão sintonizados e apóiam as ações da equipe promotora internacional - que orienta a Marcha no âmbito global - e seguem os lineamentos e a direção geral da campanha e seu documento de fundação.

É importante que todos os comitês estejam sintonizados com os temas centrais da Marcha Mundial, que são:

- Conseguir o desmantelamento dos arsenais nucleares;
- Persuadir os governos a renunciar às guerras como meio para resolver conflitos;
- A redução progressiva e proporcional de armamentos;
- A assinatura de tratados de não-agressão entre países.

A Marcha Mundial é internacional porque hoje vivemos em um período histórico em que o mundo está intercomunicado, e qualquer ação em um ponto chega a todo o mundo. Por isso, os comitês da Marcha se estruturam como uma grande teia, integrados e sintonizados com as propostas essenciais da MM para que a sua mensagem seja tão potente que possa ser ouvida pelos governos. E que esses façam as mudanças necessárias para que tenhamos uma chance verdadeira de Paz, expressa em ações, não apenas em desejos.

Para participar virtualmente, basta registrar-se em www.marchamundial.net e clicar em ->> CONVIDE para enviar uma mensagem instantânea pra todos seus amigos do orkut, msn, yahoo, gmail, etc. Não leva mais do que 15 seg. é será uma ajuda bem rápida para divulgar a Marcha Mundial pela Paz e Não-violência.

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Quero participar da Marcha Mundial, por onde começo?

Não é nada complicado! Aqui vão algumas sugestões:

1) Convide pessoas à sua volta e busque um local para os encontros. Pode ser uma Associação, Escola, Biblioteca, Garagem, etc…
2) Faça um primeiro encontro para informar aos convidados do que se trata a Marcha Mundial.

Depois, é importante ter pelo menos um dia de encontro periódico, para que outras pessoas interessadas possam começar a participar e os que assumiram funções possam se encontrar e conversar.

Para participar virtualmente, basta registrar-se em www.marchamundial.net e clicar em ->> CONVIDE para enviar uma mensagem instantânea pra todos seus amigos do orkut, msn, yahoo, gmail, etc. Não leva mais do que 15 seg. é será uma ajuda bem rápida para divulgar a Marcha Mundial pela Paz e Não-violência.

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Como funciona Comitê da Marcha Mundial?

Como pode funcionar um Comitê da Marcha Mundial?

Com encontros semanais de 1h de duração, onde todas as pessoas que formam parte podem se colocar de acordo em ações, funções, prazos e em conjunto fazer um calendário para a semana.

Para que os comitês da Marcha Mundial funcionem da forma mais potente possível, é interessante que esteja sempre aberto a mais propostas e iniciativas e que tenha pessoas cumprindo funções específicas para atender aos seguintes temas:

- Difusão nos meios de comunicação locais;
- Contato com as organizações sociais e políticas do local;
- Contato com gráficas e comerciantes que possam colaborar com impressão de materiais e demais formas de difusão que façam com que a Marcha seja parte do cotidiano de todos aqueles que vivem, trabalham e estudam naquele local;
- Que as atividades sejam constantemente repassadas pelo comitê para a equipe da agência de notícias para que possamos nutrir o site central e demais blogs e matérias com muita informação, fotos e vídeos.

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Que atividades posso realizar num comitê da Marcha Mundial?

As idéias abaixo são apenas sugestões, mas sabemos que, a partir da formação dos comitês da Marcha Mundial, uma diversidade imensa de ações, iniciativas e novas idéias irão colaborar ainda mais para a criação de uma nova consciência não-violenta no planeta. Se, no prazo de um ano, conseguirmos que a não-violência não seja apenas um conceito, mas um sentimento incorporado, teremos alcançado nossos objetivos.

Em uma época de tanta instabilidade, é necessário atentar para o que colabora com a vida, senão ficamos paralisados no medo e na insegurança. Certamente, esse é uma causa pela qual vale a pena se dedicar.
É uma bandeira que vale a pena levantar. É uma construção que vale a pena ser vivida.

- Distribuição massiva de materiais (cartazes, folhetos, flyers, cartões)
- Produção de programas para rádio e TVs locais.
- Adesão dos comerciantes, instituições e organizações da região.
- Gerar blogs, TV web, listas de email, difusão pelo Orkut, colocação de vídeos no youtube, criação de baners eletrônicos, envio massivo de emails.
- Campanha com os comerciantes do bairro para que coloquem explicitamente em suas fachadas baners com os dizeres “Nós apoiamos a Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência”
- Promoção de palestras, exibição de vídeos, debates, painéis, oficinas e fóruns com o tema da Paz e a Não-Violência.
- Eventos em geral, como shows, saraus, festas, almoços, jantares
- No caso do comitê estar sediado em escolas, também sugerimos a criação de Conselhos Permanentes pela Não-Violência, que possam continuar pelos anos seguintes. Também há uma campanha pela inclusão da matéria “Formação pela Não-Violência” como prática optativa.
- Em universidades, além das atividades supracitadas, sugerimos a criação de Laboratórios de Estudos e Práticas de Não-Violência ativa, em que os alunos coloquem seus saberes adquiridos em função de projetos em prol de uma sociedade voltada às necessidades humanas, não apenas às do mercado.

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Como divulgar a Marcha Mundial na Internet?

E para ajudar na formação de um novo Comitê da Marcha Mundial você também pode criar uma comunidade virtual para o comitê na rede www.marchamundial.net

Basta registrar-se na rede e depois clicar em + Criar um novo Comitê

Não leva mais do que 30 segundos para criar o comitê online e depois a rede oferece todas as ferramentas para você divulgar o comitê local, após a criação do comitê basta clicar em ->> CONVIDE para enviar uma mensagem instantânea pra todos seus amigos do orkut, msn, yahoo, gmail, etc.

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