09 janeiro 2009

"Para quando falarmos das guerras" poema de Alípio Freire


Quando falarmos das guerras

sejamos contidos

A simples emoção só ampliará os conflitos.

Quando falarmos das guerras

baixemos o tom

milhões de filhos de trabalhadores e do povo morrem nas trincheiras

por causas que não são suas.

Quando falarmos das guerras

falemos com recato

Para não acordarmos os meninos que dormem

nas frentes de batalha.

Respeitemos seu último sono.

Quando falarmos das guerras

falemos com todo respeito

Para transformamos o desespero de mães, viúvas e órfãos

em gritos de paz.

Quando falarmos das guerras

não esqueçamos que o inimigo é a guerra

Os nossos únicos companheiros

são os povos.

Quando falarmos das guerras

falemos da igualdade entre os homens

Comecemos por apagar as fronteiras nacionais.

Quando falarmos das guerras

Lembremos que o inimigo alimenta os dois lados

É o capital.

Quando falarmos das guerras

Lembremos que só há uma trincheira legítima

A de nos negarmos a combater.

Quando falarmos das guerras

saquemos nossa melhor arma

A bandeira da paz e do socialismo.

Falar das guerras é o avesso

de falarmos da Revolução

Embora nossos companheiros e palavras-de- ordem

sejam sempre os mesmos.

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