Objetivo: Esclarecer o nosso ponto de vista sobre a crença fundamental de
toda nossa época.
Método: Cada oficineiro deve avaliar em que momento é mais adequado aplicar
e ou intercalar cada um dos itens abaixo adaptando conforme o tempo
disponível da oficina. No geral a oficina não deve durar mais de uma hora.
- Qual é a crença que todos no mundo compartilham?
- O dinheiro como valor central da nossa sociedade atual.
- Visão humanista acerca do dinheiro.
- Projetos pessoais X dinheiro, como fazer?
- O que é real e o que é ilusão?
- Novas propostas e alternativas.
PARA O ENQUADRE:
a.- Leitura de um parágrafo da apresentação de Mitos Raízes Universais
b.- Leitura de um parágrafo do Documento Humanista
c.- Carta sobre o tema do dinheiro, sua dependência e nossa necessidade de
autonomia.
d - Esclarecimento sobre as coletas.
PARA O TRABALHO PESSOAL 1:
Fazer por escrito:
a.- Em que e ou como ganho meu dinheiro...
b.- Em que e ou como gasto meu dinheiro...
c - Intercâmbio entre os participantes.
PARA O TRABALHO PESSOAL 2 :
Fazer por escrito:
a - Se eu tivesse muito dinheiro... o que eu faria? O que eu compraria?
b - Se eu tivesse muito dinheiro... seria feliz? Porque?
c - Anotar as cinco coisas mais importantes para minha vida...
d - Intercâmbio entre os participantes
a.- Leitura de um parágrafo da apresentação de Mitos Raízes Universais
Cada momento histórico conta com crenças básicas fortes, com uma estrutura
mítica coletiva, sacralizada ou não, que serve para coesão dos conjuntos
humanos, que lhes dá identidade e participação em um âmbito comum. Discutir
os mitos básicos da época significa expor-se a uma reação irracional de
diferente intensidade conforme seja a potência da crítica e a profundidade
da crença afetada. Mas, logicamente, as gerações se sucedem e os momentos
históricos mudam e assim o que em um tempo anterior era repelido, começa a
ser aceito com naturalidade como se fosse a verdade mais plena. Discutir no
momento atual o grande mito do dinheiro implica suscitar uma reação que
impede o diálogo. Rapidamente nosso interlocutor se defende afirmando, por
exemplo: "como é que o dinheiro é um mito, se é necessário para viver!" ou
então "um mito é algo falso, algo que não se vê, já o dinheiro é uma
realidade tangível mediante a qual se movem as coisas", etc. De nada servirá
que expliquemos a diferença entre o tangível do dinheiro e o intangível que
acreditamos poder conseguir com o dinheiro, não servirá que observemos a
distância entre um signo representativo do valor que se atribui às coisas e
a carga psicológica que esse signo tem. Já teremos nos convertido em
suspeitos. Imediatamente nosso oponente começa a observar-nos com um olhar
frio que passa por nosso vestuário, exorcizando a heresia enquanto calcula
os preços de nossa roupa que, indubitavelmente, custou dinheiro... reflete
em torno a nosso peso e as calorias diárias que consumimos, pensa no lugar
em que vivemos e assim sucessivamente. Nesse momento poderíamos abrandar
nosso discurso dizendo algo assim: "Na verdade há que distinguir entre o
dinheiro que se necessita para viver e o dinheiro que não é necessário"...
mas essa concessão chegou tarde demais. Depois de tudo, ali estão os bancos,
as instituições de crédito, a moeda em suas diferentes formas. Quer dizer,
distintas "realidades" que atestam uma eficácia que aparentemente nós
negamos. Bem vistas as coisas, nesta ficção pitoresca, não estamos negando a
eficácia instrumental do dinheiro, o estamos dotando de um grande poder
psicológico ao compreender que a esse objeto se atribui mais magia que a que
realmente tem. Ele nos dará a felicidade e de alguma maneira a imortalidade,
na medida que vá impedindo que nos preocupemos com o problema da morte. Este
mito dessacralizado muitas vezes operou perto dos deuses. Assim, todos
sabemos que a palavra "moeda" deriva de Juno Moneta, Juno Avisadora, ao lado
de cujo templo os romanos cunhavam, precisamente, a moeda. A Juno Moneta se
pedia abundância de bens, mas para os crentes era mais importante Juno do
que o dinheiro que da boa vontade deste derivava. Os verdadeiros crentes
hoje pedem a seus deuses diferentes bens e, portanto, também dinheiro.
Porém, se verdadeiramente crêem em sua divindade, esta se mantém no cume de
sua escala de valores. O dinheiro como fetiche sofreu transformações. Pelo
menos no Ocidente, durante muito tempo teve como respaldo o ouro, esse metal
misterioso, escasso e atrativo por suas especiais qualidades. A alquimia
medieval se ocupou em produzi-lo artificialmente. Era um ouro todavia
sacralizado ao que se atribuía o poder de multiplicar-se sem limite, que
servia como medicamento universal e que dava longevidade além de riqueza.
Também esse ouro moveu afanosas buscas nas terras da América. Não me refiro
somente a chamada "febre do ouro" que impulsionou aventureiros e
colonizadores nos Estados Unidos, e sim do Eldorado que alguns
conquistadores buscavam e que também esteve associado a mitos menores como o
da fonte da juventude.
Mas um mito de forte profundidade, faz girar em torno de seu núcleo os mitos
menores. Assim no exemplo que os ocupa, numerosos objetos estão
influenciados por cargas transferidas do núcleo central. O automóvel que nos
presta utilidade, é também um símbolo do dinheiro, do "status" que nos abre
as portas a mais dinheiro. Sobre este particular, Geeley diz: "Basta visitar
o salão anual de automóvel para reconhecer uma manifestação religiosa
profundamente ritualizada . As cores, as luzes, a música, a reverência dos
adoradores, a presença das sacerdotisas do templo (as modelos) a pompa e o
luxo, o desperdício de dinheiro, a massa compacta (tudo isto constituiria em
outra civilização em um ofício autenticamente litúrgico). O culto ao
automóvel sagrado tem seus fiéis e seus iniciados.O agnóstico não esperava
com mais impaciência a revelação oracular que o adorador do automóvel os
primeiros rumores sobre os novos modelos. Nesse momento do ciclo periódico
anual quando os pontífices do culto (os vendedores de automóveis), cobram
uma importância nova, ao mesmo tempo em que uma multidão ansiosa espera
impacientemente o advento de uma nova forma de salvação". Evidentemente não
estou de acordo com a dimensão que esse autor atribui a devoção pelo
fetiche-automóvel. Mas de todas as maneiras tem a virtude de aproximar-se da
compreensão do tema mítico em um objeto contemporâneo. Na verdade trata-se
de um mito dessacralizado e, portanto, talvez possamos ver nele uma
estrutura similar a do mito sagrado, mas justamente sem sua característica
fundamental de força autônoma, pensante e independente. Se o autor tem em
conta os ritos da periodicidade anual, também vale sua descrição para as
celebrações dos aniversários, Ano Novo, entrega de Oscar ou ritos civis
semelhantes que não implicam em uma atmosfera religiosa como ocorre nos
mitos sacralizados. Estabelecer as diferenças entre mito e cerimonial teria
sido importante, ainda que tal coisa escapasse a nossos objetivos imediatos.
Também teria sido de interesse estabelecer separações entre o universo das
vontades míticas e o das forças mágicas nos quais a oração é substituída
pelo rito de encantamento, mas também este tema está mais além do presente
estudo.
Quando consideramos um dos mitos dessacralizados centrais dessa época (me
refiro ao dinheiro), o tivemos em conta como núcleo de um sistema de
idealização. Imagino que os ouvintes não tenham imaginado uma figura
semelhante a que propõe o modelo atômico de Bohr na qual o núcleo é a massa
central ao redor do qual geram os elétrons. Na verdade o núcleo de um
sistema de idealizações tinge com suas peculiares características a grande
parte da vida das pessoas. A conduta, as aspirações e os principais temores
então relacionados com esse tema. A coisa vai ainda mais além: toda uma
interpretação do mundo e dos fatos conectam-se com o núcleo. Em nosso
exemplo, a história da humanidade tomará um caráter econômico e esta
história se deterá paradisíacamente quando cessarem os conflitos que
discutem a supremacia do dinheiro.
Enfim, tomamos como referência um dos mitos dessacralizados centrais para
nos aproximarmos do possível funcionamento dos mitos sagrados de que fala
nosso livro.
Existem, de todas maneiras, grandes distâncias entre um sistema mítico e
outro porque o luminoso, o divino, falta completamente em um deles e isso
põe diferenças difíceis de elucidar. Seja como for, as coisas estão mudando
a grande velocidade no mundo de hoje e assim, me parece ver que se fechou um
momento histórico e se está abrindo outro
Se alguém me perguntasse cabalmente se espero o surgimento de novos mitos
diria que isso, precisamente, está ocorrendo. Somente peço que essas forças
tremendas que desencadeiam a história sejam para gerar uma civilização
planetária e verdadeiramente humana em que a desigualdade e a intolerância
sejam abolidas para sempre. Então, como disse um velho livro, "as armas
serão convertidas em ferramentas de trabalho".
Nada mais, muito obrigado.
(Do Livro Cartas aos meus amigos, de Silo:. Carta 6)
O CAPITAL MUNDIAL
Eis a grande verdade universal: o dinheiro é tudo. O dinheiro é governo, é
lei, é poder. É, basicamente, subsistência. Mas além disso, é a Arte, é a
Filosofia e é a Religião. Nada se faz sem dinheiro; nada se pode sem
dinheiro. Não há relações pessoais sem dinheiro. Não há intimidade sem
dinheiro e até a solidão repousada depende do dinheiro.
Mas a relação com essa "verdade universal" é contraditória. As maiorias não
querem este estado de coisas. Estamos, pois, perante a tirania do dinheiro.
Uma tirania que não é abstrata porque tem nome, representantes, executores e
procedimentos indiscutíveis.
Hoje não se trata de economias feudais, nem de indústrias nacionais; nem
sequer de interesses de grupos regionais. O que hoje se passa é que aqueles
sobreviventes históricos acomodam a sua parcela aos ditames do capital
financeiro internacional. Um capital especulador que se vai concentrando
mundialmente. Desta maneira, até o Estado nacional requer crédito e
empréstimo para sobreviver. Todos mendigam o investimento e dão garantias
para que a banca se encarregue das decisões finais. Está a chegar o tempo em
que as próprias companhias, assim como os campos e as cidades, serão
propriedade indiscutível da banca. Está a chegar o tempo do Para-Estado, um
tempo em que a antiga ordem deve ser aniquilada.
Paralelamente, a velha solidariedade evapora-se. Em suma, trata-se da
desintegração do tecido social e do advento de milhões de seres humanos
desconectados e indiferentes entre si, apesar das penúrias gerais. O grande
capital domina não só a objetividade, graças ao controlo dos meios de
produção, como também a subjetividade, graças ao controlo dos meios de
comunicação e informação. Nestas condições, pode dispor a seu gosto dos
recursos materiais e sociais tornando irrecuperável a natureza e descartando
progressivamente o ser humano. Para isso conta com a tecnologia suficiente.
E assim como esvaziou as empresas e os estados, esvaziou a Ciência de
sentido convertendo-a em tecnologia para a miséria, a destruição e o
desemprego.
Os humanistas não necessitam de abundar em argumentos quando enfatizam que
hoje o mundo está em condições tecnológicas suficientes para solucionar, em
curto espaço de tempo, os problemas de vastas regiões no que respeita a
pleno emprego, alimentação, saúde, habitação e instrução. Se esta
possibilidade não se realiza é simplesmente porque a especulação monstruosa
do grande capital a está impedindo.
O grande capital já esgotou a etapa de economia de mercado e começa a
disciplinar a sociedade para enfrentar o caos que ele mesmo produziu.
Perante esta irracionalidade, não se levantam dialeticamente as vozes da
razão, mas sim os mais obscuros racismos, fundamentalismos e fanatismos. E
se este neo-irracionalismo vai liderar regiões e coletividades, então a
margem de ação das forças progressistas fica dia-a-dia mais reduzida. Por
outro lado, milhões de trabalhadores já tomaram consciência, tanto das
irrealidades do centralismo estatista, como das falsidades da democracia
capitalista. E assim acontece que os operários se levantam contra as suas
cúpulas sindicais corruptas, do mesmo modo que os povos questionam os
partidos e os governos. Mas é necessário dar uma orientação a estes
fenômenos, pois de outro modo estancar-se-ão num espontaneísmo sem
progresso. É necessário discutir no seio do povo os temas fundamentais dos
fatores de produção.
Para os humanistas existem como fatores de produção o trabalho e o capital,
e estão a mais a especulação e a usura. Na atual situação, os humanistas
lutam para que a absurda relação que tem existido entre esses dois fatores
seja totalmente transformada. Até agora, impôs-se que o lucro seja para o
capital e o salário para o trabalhador, justificando tal desequilíbrio pelo
"risco" que assume o investimento... como se o trabalhador não arriscasse o
seu presente e o seu futuro nos vaivens do desemprego e da crise. Porém,
além disso, está em jogo a gestão e a decisão na orientação da empresa. O
lucro não destinado ao reinvestimento na empresa, não dirigido à sua
expansão ou diversificação, deriva para a especulação financeira. O lucro
que não cria novas fontes de trabalho, deriva para a especulação financeira.
Por conseguinte, a luta dos trabalhadores tem que dirigir-se a obrigar o
capital ao seu máximo rendimento produtivo. Mas isto não se poderá
implementar a menos que a gestão e a direção sejam partilhadas. De outro
modo, como se poderia evitar as demissões em massa, o encerramento e o
esvaziamento empresarial? Porque o maior dano está no subinvestimento, na
falência fraudulenta, no endividamento forçado e na fuga de capital; não nos
lucros que se possam obter como conseqüência do aumento da produtividade. E
se insistisse no confisco dos meios de produção por parte dos trabalhadores,
seguindo os ensinamentos do século XIX, deveria ter-se também em conta o
recente fracasso do Socialismo real.
Quanto à objeção de que enquadrar o capital, tal como está enquadrado o
trabalho, produz a sua fuga para pontos e áreas mais proveitosas, deve
esclarecer-se que isto não acontecerá durante muito mais tempo, já que a
irracionalidade do esquema atual leva-o à sua saturação e à crise mundial.
Essa objeção, além do reconhecimento de uma imoralidade radical, desconhece
o processo histórico da transferência do capital para a banca, resultando
disso que o próprio empresário se vai convertendo em empregado sem decisão
dentro de uma cadeia em que aparenta autonomia. Por outro lado, à medida que
se torne agudo o processo recessivo, o próprio empresariado começará a
considerar estes pontos.
Os humanistas sentem a necessidade de atuar não só no campo trabalhista como
também no campo político para impedir que o Estado seja um instrumento do
capital financeiro mundial, para conseguir que a relação entre os fatores de
produção seja justa e para devolver à sociedade a sua autonomia arrebatada.
C - Carta de Dario sobre o tema do dinheiro, sua dependência e nossa
necessidade de autonomia:
Una de las características mas importantes de la organización humana que
estamos construyendo, es su total independencia de los poderes establecidos;
en particular es completamente independiente del poder económico. Aquí no
hay ningún banco ni multinacional que pueda presionarnos ni exigirnos nada.
Porque no les debemos nada y nuestra actividad es independiente de su dinero
y de su poder. Esto es posible gracias a que el Movimiento se financia
solamente con el aporte de sus miembros que ocurre dos veces al ano.
Como estamos sumando gente para construir y fortalecer esta organización,
talvez este punto de vista sea de utilidad para que la colecta no sea una
postergación de la integración.
PARA O ESCLARECIMENTO:
Leitura formativa: O que é o dinheiro no pensamento humanista?
Cada momento histórico conta com crenças básicas fortes que serven para que
os conjuntos humanos se identifiquem, compartilhem e participem de um espaço
comum. São crenças importantes para os grupos humanos, por isso não é fácil
discutí-las. Mas são criações dos mesmos seres humanos, nós mesmos os
criamos, porque nos dão identidade e seguridade como sociedade. O assunto é
que, por serem criações dos próprios seres humanos, também são históricas,
mudam de geração em geração.
Por exemplo, fazem não muitos anos, tínhamos uma profunda crença de que as
mulheres deviam ficar em casa, criando os filho e os homens deviam conseguir
o dinheiro para manter a casa. Agora, porque as condições históricas
mudaram, mudaram as condições econômicas e também as crenças sobre a função
da mulher na sociedade, as mulheres também se profissionalizam, trabalham...
E os homens aprendem a criar
os filhos, a cozinhar... enfim. Percebem o poder das crenças?
Bom. Pois nós afirmamos que o atual sistema, ou melhor, os seres humanos que
sustentam o atual sistema, o modelo econômico no qual vivemos, tem inventado
e continuam fortalecendo todo um sistema de crenças ao redor do DINHEIRO. O
DINHEIRO é neste sistema um valor básico, ao redor dele gira a felicidade
dos homens e mulheres... O que não tem dinheiro não é ninguém, não é nada,
está ferrado. O atual sistema nos tem feito acreditar, entre outras muitas
coisas, que valemos pelo que temos e não pelo que somos e pior ainda, que
quanto mais dinheiro tivermos, mais valemos e mais felizes podemos ser, e
vão gostar mais da gente e mais sucesso teremos e mais um montão de
coisas... Conseguem recordar exemplos concretos disto que estamos falando?
"Estamos diante da tirania do dinheiro. Uma tirania que não é abstrata
porque tem nome, representantes, executores e procedimentos
indiscutíveis..."
Esclarecimento sobre a coleta:
Uma das características mais importantes da organização humana que estamos
construindo, é sua total independência dos poderes estabelecidos; e em
especial é completamente independente do poder econômico. Aqui não há nenhum
banco nem multinacional que possa nos presionar nem exigir nada. Porque não
lhes devemos nada e nossa atividade não depende de seu dinheiro e de seu
poder. Isto é possível porque o Movimento se financia somente com a
contribuição de seus membros que acontece duas vezes por ano.
Como estamos somando pessoas para construir e fortalecer esta organização,
talvez este ponto de vista seja útil para que a coleta não seja motivo para
adiar a integração de novos membros.
...Uma vez estabelecido claramente que, para nós, o problema da injusta
distribuição das riquezas, é um problema social de fundo que deve ser
modificado numa sociedade humanista, queremos também destacar alguns
aspectos que dizem respeito à nossa relação pessoal com este tema. Frente a
palavra dinheiro, como frente a todo conceito, cada um de nós toma una
posição e a partir dessa posição elabora sua conduta no mundo.
Assim, existe una postura mágica na qual o crédulo ingênuo não considera o
dinheiro em seus planejamentos e acredita que aparecerá magicamente quando
for necessário. Estas pessoas geralmente estão endividadas mais além do que
podem pagar e a única resposta que lhes parece possível é ganhar algum
prêmio na loteria ou nos jogos de azar, o que lhes permitiria resolver sua
situação, enquanto isso deverão trabalhar dia e noite para pagar seus
cobradores.
Também existem aqueles que sobredimensionando o poder do dinheiro, olham
todo o plano e ação no mundo, desde a perspectiva de quanto custa e quais
são os benefícios obtidos com tal plano ou ação. Por esta vía sua atividade
no mundo se reduz a cuidar de seu dinheiro, empurrado pelo medo de não ter
dinheiro. Assim as relações pessoais logo vão sendo contaminadas por este
olhar , com as conseqüências conhecidas de coisificação dos outros e de si
mesmo, e o registro de solidão crescente.
Para nós o dinheiro é um meio (por agora ) para conseguirmos recursos
necessários para nossa sobrevivência e para levar adiante a intencionalidade
de cada um, resultando então que o prioritário é "o para que", o projeto que
quero construir, depois virão os recursos necessários para essa construção e
finalmente se pensará nos meios para conseguir esses recursos se não os
tivermos, pondo assim a intencionalidade humana como fator transformador das
mal chamadas condições objetivas.
seja o primeiro a comentar!
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