Regional Humanista Européia
Armas nucleares
O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT) foi efetivado em 1970, ratificando um acordo entre os países nucleares (nesse momento EUA, União Soviética, Gran Bretanha, França e China) e todos os demais. Estes últimos se comprometeram a renunciar as armas nucleares e também foram os primeiros que se comprometeram a desmantelar seus arsenais e não incrementar seus equipamentos ou aumentar o seu poder com novas tecnologias. O tratado também decreta o direito de todos os países de desenvolverem programas nucleares civis, sob o controle da IAEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
De acordo com os dados oficiais, os Estados Unidos admitiram ter 10.500 bombas, Rússia 20.000, Gran Bretanha 185, França 450 e China 400.
De 1970 a 2000 somente três países (Israel, Índia e Paquistão) se converteram em potências nucleares, se bem que Israel nunca admitiu oficialmente possuir um arsenal nuclear e por isso ficou de fora do Tratado de Não-Proliferação. Segundo Hans Blix, antigo inspetor chefe de armamento da ONU, supõem-se que Israel tenha em posse 200 armas nucleares.
Muitos países ratificaram o tratado e alguns, como a África do Sul e Kazaquistão, assinaram e eliminaram seus arsenais. Durante os anos 90, os acordos entre os EUA e a Rússia se dirigiram para o desmantelamento de milhares de cabeças nucleares táticas (ou os mísseis balísticos intercontinentais de ogivas múltiplas).
Mas nos últimos anos as coisas mudaram. Em maio de 2005 a 7ª Conferência de Revisão do NPT fracassou, e os representantes de 188 países não chegaram a um acordo baseado num documento comum. A principal razão para este fracasso foi o rechaço dos EUA a criar uma zona sem armamento nuclear no Oriente Médio e a negativa das cinco potências nucleares de formular e respeitar um plano com prazos precisos para o desarmamento total. Desde então os Estados Unidos e seus aliados estão violentando o tratado, e acusam ao Irã e a Coréia do Norte de fazer o mesmo. Com isso a escalada para o rearmamento nuclear começou: Rússia está planejando uma terceira geração de submarinos atômicos e, em 2004, realizou 16 explosões experimentais de mísseis balísticos. A Gran Bretanha projeta novas bombas nucleares para seus quatro submarinos Trident (cada um deles têm o poder de 384 bombas de Hiroshima) e os Estados Unidos, além de ter uma frota de 18 submarinos, está desenhando pequenas bombas para usar no campo de batalha e outras que podem penetrar profundamente na terra. Eles também declaram que o compromisso de não usar bombas nucleares, em primeiro lugar, deixou de existir. Recentemente o presidente francês, Jac Chirac não excluiu a hipótese de usar armas nucleares contra os estados que queiram atacar a França com suas ações terroristas.
A OTAN atua fora dos acordos de Não-Proliferação, violando-os abertamente. Os Estados Unidos colocaram umas 480 bombas em suas oito bases, em seis países europeus da OTAN, 150 na Alemanha, en Büchel e Ramstein; 20 na Bélgica, em Kleine Brogel; 20 na Holanda, en Volkel; 110 na Gran Bretaña, en Lakenheath; 90 na Itália, em Avino e Ghedi Torre; 90 na Turquia, en Incirlik.
Em outras quatro bases da Alemanha, Grécia e Turquia, as armas foram retiradas, mas podem ser postas novamente ali, se for necessário. As bombas estão atribuídas aos países "hóspedes" e seu lançamento é tarefa de suas forças áreas nacionais.
Apesar das reduções realizadas durante os anos 90, ficaram ao redor do planeta mais de 30.000 cabeças nucleares, suficientes para destruí-lo 25 vezes.
Propostas
O objetivo final é o desarmamento nuclear global e a eliminação total das bombas e arsenais nucleares.
Hoje existem várias zonas nucleares livres no mundo (América do Sul, Pacífico Sul, Ásia Oriental, África, Ásia Central e continente Antártico). Países como a Mongólia e Áustria se declaram, assim mesmo, zonas livres e, ao redor de 100 estados, rechaçam as armas nucleares. Os passos intermediários para cegar ao objetivo final pode ser:
1 Renovação das negociações para a desaparição das armas e experimentos nucleares.
2 Pressão sobre países como Índia, Paquistão e Israel, que agora está fora do NPT, para ratificar o tratado.
3 A definição de um plano de desarmamento proporcional e progresivo, com prazos para o desmantelamento, inspeções e controles. As potências nucleares devem ser obrigadas a respeitá-lo e a ONU debe supervisionar o respeito ao tratado e a aplicação de possíveis sanções.
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